Pensamento à toa sob a luz da lua

Pode parecer estranho que uma pessoa que adora escrever tenha dificuldade em fazer um blog, mas o fato é que a formalização de ideias em uma plataforma não é tão simples para alguns, como eu. Para pôr em prática este aqui foi preciso um alinhamento de coisas que uma mente inquieta às vezes é incapaz de conceber.

Pra começar, a dificuldade é escolher sobre o que escrever. Quem me conhece sabe que tenho no coração, na mente e na alma duas coisas que me estimulam além da conta. Mas mesmo quando falo de futebol, sobretudo o Palmeiras e a Juventus de Turim, e de música, especialmente as minhas bandas e cantores prediletos (cito Beatles, Led Zeppelin, Pink Floyd, Titãs, Mutantes, Rolling Stones, Black Crowes, Secos & Molhados, Raul Seixas e The Who, só pro pessoal se guiar um pouco pelo meu universo de sons), ainda assim fico sem saber o que falar. Neste caso, a vastidão do multiverso é que me faz indeciso na hora de escolher o alvo.

Essa dificuldade só foi vencida depois de uma conversa sobre meus hábitos noturnos. Adoro o dia, a luz do sol, o céu azul - especialmente em Brasília e na roça do bairro do Lambari, em Gonçalves (MG), terra do meu pai -, as pessoas na rua, o frescor da manhã, o pulsar da vida às claras, mas a noite parece me seduzir de uma forma que não resisto. Sou caseiro, nunca curti balada, gosto de coisas mais simples e, por incrível que pareça, menos barulhentas - rock'n'roll não é barulho e pode, sim, ser ouvido e apreciado em volume baixo -, mas existe um fascínio inexplicável em permanecer acordado durante o período em que a lua deve brilhar sobre nós. E o pior é que meu filho, o Gabriel, tem se enveredado por um caminho parecido.

O fato é que o papo mencionava essa coisa do Lucas Nanini usar noites para gravar solos de guitarra, ver TV, brincar com as MaLuCats (a saber, Luna e Lolita, minhas gatas), ficar de papo no Whatsapp, ler ou até mesmo ficar sem fazer nada, deitado na cama, pensando um qualquer sobre a vida.

Uma amiga brincou com o termo "noctiluca", fazendo um trocadilho com nocti (noite) e luca (no caso, eu), numa referência àqueles seres aquáticos unicelulares que fazem o mar brilhar à noite em praias no Sul do Brasil, no Uruguai e em países como Austrália e Estados Unidos, pelo que li. Me lembrei de uma escola de natação que tinha esse nome, e com um apreço especial pelos trocadilhos pensei em aproveitar a bola quicando para chutar pra gol e criar, enfim, o blog.

Foi o que fiz. Entrei no blogger e bolei esse diário, que não será tão diário assim, para falar sobre o que vier à minha cabeça. De regra, apenas que sejam ideias à luz da lua. A intenção aqui é que eu me expresse apenas. Nem ao menos sei se vai interessar a alguém, mas quero muito divertir quem gosta de ler.

Acho que para um primeiro texto é isso. Tomara que a coisa ande, que gere movimento, para que as ideias possam fluir e chegar a mares nunca dantes navegados. Embarquemos, pois. Sejam bem-vindos!

Lua cheia linda vista da Avenida das Castanheiras, em Águas Claras, no DF (Foto: Lucas Nanini)

Comentários

  1. O nome do blog, desde o primeiro olhar me remeteu à noite e à luz, sem pensar muito em significados ou que pudesse ser nome de alguma espécie vivente. Encontrei muitas semelhanças, de gostos, momentos, intenções, musicais, só não esportivas... rsrsrs... mas não tem problema... time de futebol é como nariz (!?) Cada um tem o seu! A leitura foi de de deleite. ;)

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    1. Muito obrigado pelas palavras. A ideia é essa mesmo. rsrsrsrs... Valeu! Abração!

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  2. Dos pensamentos para a ação! Muito bem! Adorei, continue. Bjs

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  3. Show de bola, Lucas! Manda ver aí no blog, você escreve muito bem. Eu acompanharei sempre que puder, ok? ^_^

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  4. Lucas Nanini que começo de ano maravilhoso, escolha fantástica. Pessoas como você tem mesmo que compartilhar o que a passa nessa mente de gigante. Qualquer coisa que você for falar, sempre vai tocar em alguem, seus posts são show.
    Parabéns sucesso....

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