Aqui estamos agora; nos entretenha

Mutantes durante show em Brasília Estranho que em tempos de uma indústria do entretenimento pra lá de aquecida e de maior acesso a produtos ligados diretamente à diversão tenhamos uma sociedade mais sisuda, mais deprimida, mais raivosa e menos sabedora do que é o lazer. Parece que a gente desaprendeu a identificar o que realmente nos faz bem ou a oferta ilimitada de "coisas legais" nos faz ficar perdidos na hora de escolher como sair da rotina. O volume de coisas a fazer, no trabalho, na rua ou em casa, a velocidade da informação, cores e luzes em aparelhos eletrônicos, obrigações da modernidade (ou da pós-verdade?), necessidades criadas e mais um sem-número de atividades e recursos parece que neutralizaram toda a diversão inventada e aperfeiçoada, especialmente desde o fim da década de 1990. As novas gerações já nascem e se desenvolvem dentro de uma lógica alucinadamente rápida, que exige de todos um desapego quase que instintivo em relação ao sossego. Parece que est...