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Mostrando postagens de junho, 2019

Luka Britto 30 anos: Texto 8 – Luka Britto pra sempre

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Luka Britto 30 anos Texto 8 –  Luka Britto pra sempre Hoje é raro que alguém me chame de Luka Britto. Tem o pessoal que era da rádio, com quem ainda mantenho contato, uma turma que me conheceu naquela época, muito deles ouvintes da rádio, e uma galera que achou engraçado o apelido e se acostumou a usá-lo para se referir a mim, como o ex-vizinho Thiagones Zé Diogo. Mesmo assim, o sentimento é de que o Luka é pra sempre, nunca vai morrer. E há mil motivos para acreditar nisso. Um deles é que o nome surgiu em um momento ímpar da vida de qualquer pessoa. A adolescência é um período especial porque marca praticamente a entrada em um caminho sem volta, com as descobertas que a inocência da infância não permitia e sem os vícios e acomodações que a idade adulta priva. Só de ter passado por tudo o que a puberdade e a fase seguinte proporcionam, já seria especial. Some a isso o fato de ter vivido a oportunidade de realizar sonhos, de conhecer gente que inspira, de estar em situaçõe...

Luka Britto 30 anos: Texto 7 – Luka Britto, o Luquinha da Stereo Vale

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Luka Britto 30 anos Texto 7 –  Luka Britto, o Luquinha da Stereo Vale Luka Britto rock'n'roll auxiliando os locutores Wagner Rocha e Ricardo Vasconcelos no estúdio da rádio Stereo Vale FM (foto cedida gentilmente pelo Cardoso, dom Elói Moreno) Como eu falei anteriormente, o Luquinha adorava ir até o 15º andar do edifício Liberal Center, na Vila Addy Anna, para conversar com o pessoal da Stereo Vale. De tanto participar de programas, ir à emissora, falar de música, mencionar o quanto eu gostava da arte e da rádio, uma pessoa em especial prestou a atenção naquele guri. Eu tinha 13 anos, mas alguém achou que eu tinha condições de assumir a bronca, e eu acho que acabei mandando bem. Engraçado que foi em um período quando eu dividia a audiência da Stereo Vale com a da Transamérica que acabei sendo chamado para trabalhar atendendo os ouvintes da rádio do interior. Era uma tarde qualquer em que eu devia ter ido à Stereo Vale para buscar um brinde e fiquei de papo com o For...

Luka Britto 30 anos: Texto 6 – Os Titões, nasce o Luka Britto

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Luka Britto 30 anos Texto 6 –  Os Titões, nasce o Luka Britto Os Titões - cinco de nós, na verdade (Márcio Fromer e Luka Britto à frente; Zara Mello, Fabio Miklos e Zappinha atrás) - com as colegas Fabiana Cipolaro, Adriana Castro e Anália, após o "show" de formatura da 8a Série A, em 1989 A 8ª Série A tinha cerca de 30 alunos, metade deles meninos. Por mais numerosos que fossem os Titãs, era gente demais para colocar no grupo que a gente estava criando meio que em homenagem ao octeto. Por ideia minha, nasciam os Titões. Alguns dos mais próximos, claro, se tornaram os integrantes. Na minha cabeça, eu tracei um perfil e encaixei os caras. Para “respeitar” a referência, minha ideia foi combinar os nomes dos colegas de sala com os sobrenomes dos Titãs. Foi assim que nasceram Sandro Antunes (Arnaldo), Zara Mello (Branco), Márcio Fromer (Marcelo), Júlio Bellotto (Tony), Carlos Reis (Nando), Douglas Gavin (Charles), Fabio Miklos (Paulo) e o tal do Luka Britto (Sérgio). ...

Luka Britto 30 anos: Texto 5 – O show e as consequências

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Luka Britto 30 anos Texto 5 –  O show e as consequências Os Titões no palco, na formatura da 8ª série, em dezembro de 1989; foto cedido gentilmente pela minha irmãzinha Fabiana Cipolaro Eu tinha o costume de ouvir rádio sempre ao me deitar para dormir. Embora eu estivesse numa vibe de escutar a Transamérica naquele começo de 1989, as noites costumavam ser ao som da Stereo Vale mesmo, especialmente por causa do Arquivo 1-0-3-9, com seus flashbacks, músicas que eu ia conhecendo ou redescobrindo. Mas houve uma noite, em especial, em que a programação foi diferente. A cada bloco, algum locutor da rádio (acho que o Elói Moreno) era chamado para falar sobre o show que ocorria naquela noite. Eram os Titãs, que se apresentavam no Tênis Clube de São José. O espetáculo era da turnê do “Go Back”, que tinha basicamente as músicas a partir do disco “Cabeça Dinossauro”. Como a sequência do repertório era quase sempre a mesma durante toda a turnê, o pessoal sabia a ordem das músicas ...

Luka Britto 30 anos: Texto 4 – A 8ª Série A

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Luka Britto 30 anos Texto 4 – A 8ª Série A Voltar a estudar com o André Yuki foi uma coisa que comemorei muito. Mais velho do que eu quase dois anos, ele me conhecia desde a 2ª série, quando ainda estudávamos no trailer da Rua Viçosa, na escola que já se chamava Ayr Picanço Barbosa de Almeida. Eu me lembro dele com aquele “cabelo beatle”, agasalho do colégio Monteiro Lobato, bem mais alto do que quase todos nós e que andava de um jeito que eu considerava desengonçado. Um grande amigo! É até hoje e será para sempre. Nos dois anos anteriores a 1989 eu havia tentado mudar de turma para poder estudar com ele, mas não tinha vaga disponível. No último ano do “ginásio”, as coisas deram certo. E agora eu tinha dois amigos japas na mesma galera: ele e o Márcio Shiotani, o Jacaré. Acabou que viramos uma “turma”, ao lado de gente como o Fabio e o Júlio. Talvez por ser o último ano naquela escola, já que não havia o “colegial” ainda na instituição (o atual ensino médio), o clima era dife...

Luka Britto 30 anos: Texto 3 – O banco escolar e a preparação para a vida

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Luka Britto 30 anos Texto 3 – O banco escolar e a preparação para a vida O ano de 1989 começou de um jeito diferente. Eu sentia que as coisas estavam mudadas. Em meu último ano do ginásio, eu havia caído na “8ª Série B”, no período noturno, mas me rebelei e tratei de cavar um espaço na turma da tarde, na “8ª Série A”. Havia vagas, então fomos eu e o Márcio Shiotani, que desde o ano anterior eu chamava de Jacaré (dei o apelido, mas nem sei o motivo) e que se tornou próximo de mim. Na turma diurna eu iria reencontrar como colega de classe o mesmo André Yuki que me apresentara efetivamente à Stereo Vale. Ele era um cara incrível, eu o admirava, ele era filho de japoneses, só falava com os pais no idioma nipônico e ainda tinha vários materiais e peças diferentes do restante da turma, entre eles revistas com imagens dos meus ídolos Ultraman e Ultraseven e miniaturas de personagens nipônicos, como o monstro Baltan. Naquele grupo de alunos também havia uma galera que eu conhecia do...

Luka Britto 30 anos: Texto 2 – Sintonizado na ‘Primeira FM’

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Luka Britto 30 anos Texto 2 – Sintonizado na ‘Primeira FM’ A amizade  se é que posso chamar assim, com o pessoal da Stereo Vale FM abriu um canal para que o guri de 12 anos pudesse saber mais sobre música. O interesse pelo assunto também acabou me aproximando de outros moleques que gostavam daquilo, mesmo que fossem adeptos de outros gêneros. Na verdade, até então o Luquinhas nem sabia do que gostava. A vitrola tinha de Lobão a Pet Shop Boys, de Billy Joel a Jane Duboc, de Kid Abelha a Paul McCartney. E eu não dispensava nem mesmo Fafá de Belém, Glenn Medeiros, Tiffany, Wando, Bruce Hornsby ou Bananarama. Esse gosto pela programação de FM foi a tônica durante algum período. Foi nessa época que os dias passaram a ter boas muitas horas ao lado do aparelho de som (agora já um CCE com “double deck”, que permitia gravar de fita para fita e fazer experiências de gravação que eram verdadeiros achados, fora a possibilidade de “cantar” ou brincar de locutor em meio às gravações...

Luka Britto 30 anos: Texto 1 – Antes dos primeiros acordes

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Luka Britto 30 anos Texto 1 – Antes dos primeiros acordes Olhando para trás, pensando um pouquinho sobre tudo o que aconteceu nessas três décadas, consigo compreender que realmente 30 anos já se passaram. Ao mesmo tempo, parece que foi um dia desses em que eu cheguei à escola e passei boa parte do tempo falando sobre o show dos Titãs na cidade no dia anterior. Eu nem fui ao evento, tinha só 13 anos, mas aquilo mudaria para sempre a minha vida. Antes de falar daquilo, volto um ano e meio no tempo. Era o final de 1987 e eu havia começado a me envolver com música, mas até então apenas como ouvinte, apaixonado por rádio e louco para saber sobre tudo o que tivesse melodia, harmonia e ritmo e fosse sintonizado no dial. A entrada nesse universo tem dois momentos, que acho que foram fundamentais para o que se desenhou depois. No primeiro, meu pai, Sr, Milton, havia me dado um rádio relógio, no Natal de 1986. Eu costumava ouvir umas musiquinhas ali e também na TV, em programas como o...